Como Funciona e Qual o Seu Impacto, Por Thays Baraldi.
Com a compreensão sobre o efeito estufa e a pegada de carbono, podemos agora falar sobre um tema crucial para a descarbonização: o mercado de carbono.

Sabemos que a descarbonização é uma questão urgente, que exige análises profundas e investimentos consideráveis. Não é uma tarefa simples, mas é fundamental para a mitigação das mudanças climáticas.
O mercado de carbono surgiu com o Tratado de Kyoto, com o objetivo de flexibilizar as ações de redução das emissões de gases de efeito estufa. Ele permite que países ou empresas que não conseguiram reduzir mais suas emissões por meio de ações internas possam negociar créditos de carbono com aqueles que conseguiram reduzir suas emissões ou geraram créditos por ações sustentáveis, como a geração de energia limpa ou o reflorestamento.
Existem dois tipos de mercado de carbono: o voluntário, onde as empresas compram créditos de forma opcional, e o regulado, que é imposto por legislações e obriga as empresas a compensarem suas emissões. O Brasil está entrando no mercado regulado, o que significa que, em breve, muitas indústrias brasileiras terão limites de emissão e precisarão estar alinhadas a projetos mais sustentáveis para evitar multas e garantir a conformidade.
Cada crédito de carbono representa 1 tonelada de CO₂ que deixou de ser emitida, incentivando projetos de preservação ambiental, reflorestamento e a transição para energias limpas. Além disso, o mercado de carbono também apoia a preservação da biodiversidade e fortalece as comunidades que dependem da natureza. A entrada no mercado regulado será um marco importante para as indústrias brasileiras, que precisarão investir em soluções mais verdes e eficientes, alinhando-se a uma economia de baixo carbono.